Na noite do último domingo (2), o Oscar 2025 atribuiu Mikey Madison como Melhor Atriz por sua atuação em Anora, ela superou nomes como Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui), Demi Moore (A Substância), Cynthia Erivo (Wicked) e Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez). Apesar da derrota na categoria, o Brasil teve razões de sobra para comemorar: Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional, um feito histórico para o cinema nacional.
Se tivesse vencido, Fernanda Torres seria a primeira atriz brasileira e latina a conquistar a estatueta de Melhor Atriz, um marco que, por enquanto, continua inatingido. Até hoje, apenas Sophia Loren (Duas Mulheres, 1962) e Marion Cotillard (Piaf – Um Hino ao Amor, 2008) receberam esse prêmio por performances em filmes de língua não inglesa.
Mesmo sem o Oscar, a jornada de Torres na temporada de premiação foi notável. Ela conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, além do Satellite Award e uma homenagem no Festival Internacional de Cinema de Santa Bárbara, consolidando seu reconhecimento internacional. Durante as entrevistas, Torres sempre se manteve realista sobre suas chances, afirmando que não se via como favorita e apostando na vitória de Demi Moore.
Enquanto isso, Anora, dirigido por Sean Baker, se destacou como o grande vencedor do Oscar 2025. Além do prêmio de Melhor Atriz para Mikey Madison, o longa levou Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem.
A vitória de Ainda Estou Aqui como Melhor Filme Internacional, por outro lado, foi um dos momentos mais emocionantes da noite. O longa brasileiro, que retrata um drama real sobre memória e justiça histórica, foi amplamente celebrado e marcou o primeiro Oscar do Brasil na categoria. Walter Salles, em seu discurso, homenageou Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, além de Eunice Paiva, cuja história inspirou o filme.
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