Nem só de acertos vive o mundo do entretenimento. Apesar de 2024 ter sido palco de produções grandiosas, algumas delas prometeram mundos e fundos e entregaram… bom, menos que o esperado. Vamos relembrar as maiores decepções do ano — e entender como expectativas altas podem transformar qualquer escorregão em um verdadeiro tombo cinematográfico.
5. Back to Black
As cinebiografias musicais têm uma fórmula de ouro, certo? Bom, nem sempre. Depois de sucessos como Bohemian Rhapsody e Johnny & June, parecia impossível errar tanto. Mas Back to Black, sobre a trágica vida de Amy Winehouse, mostrou que o gênero pode ser um desastre quando os envolvidos têm medo de contar a história completa. Ignorando momentos cruciais da vida da cantora, como seu relacionamento tóxico com o pai, o filme transformou um casamento conturbado em uma novela rasa.
Marisa Abela, no papel de Amy, até tentou — mas carregar sozinha um roteiro fraco não é tarefa fácil. Para os fãs de Bruce Springsteen e Michael Jackson, que terão suas biografias lançadas nos próximos anos, só resta torcer para que o mesmo erro não se repita.
4. Blue Lock
Após o sucesso esmagador do mangá em 2023, a segunda temporada do anime era aguardada como um evento mundial. Só que a animação de Blue Lock entregou algo tão raso que parecia uma apresentação de PowerPoint. A adaptação da icônica partida contra o Japão Sub-20 até mostrou algumas melhoras no final, mas já era tarde demais: o público, que estava pronto para torcer de pé por Isagi e companhia, terminou a temporada sentado, segurando um grande “meh”.
3. MaXXXine
Ti West começou a trilogia X com o pé direito, entregando nostalgia dos anos 1970 em X e a brilhante homenagem a O Mágico de Oz em Pearl. Mas quando chegou a vez de encerrar a história em MaXXXine, o diretor parecia perdido. Sem uma estética definida e com uma trama que não se decide entre sátira e suspense, o desfecho deixou até Mia Goth, sempre impecável, à deriva. Resultado? Uma conclusão tão esquecível que muitos fãs se perguntaram se valia a pena ter investido na trilogia.
2. A Casa do Dragão – Segunda Temporada
Como manter o hype quando você é a sucessora de Game of Thrones e já começou com uma temporada avassaladora? Simples: não entrega uma temporada como a segunda de A Casa do Dragão. Arcos mal explorados, episódios lentos e uma evidente falta de ação afastaram fãs que esperavam mais momentos épicos. Até George R.R. Martin não poupou críticas, mostrando descontentamento com a adaptação de sua própria obra. É um balde de água fria que os fãs não mereciam.
1. Coringa: Delírio a Dois
Por onde começar? Desde os rumores de que a sequência do aclamado Coringa seria um musical, os fãs já estavam desconfiados. Mas a Warner pareceu ignorar completamente os sinais, apostando em uma estratégia de marketing confusa e sem esclarecer os elementos musicais do filme. O resultado foi um fracasso colossal. Nem Joaquin Phoenix, nem Lady Gaga conseguiram salvar o longa de uma bilheteria desastrosa e críticas ferozes. É o fim melancólico de uma franquia que começou com um Oscar e terminou enterrando qualquer chance de um terceiro filme.
E agora?
Com tantos altos e baixos, fica a lição: quando as expectativas são altas, o impacto de uma queda é muito maior. Se 2024 nos ensinou algo, foi a sempre questionar o hype e manter os pés no chão — porque, no fim das contas, nem todo brilho é ouro.
