James Gunn já é um nome gigante em Hollywood — e não só por dar voz a um guaxinim falastrão. O diretor, roteirista e agora chefão da DC Studios passou por uma transformação digna de filme: saiu dos bastidores de produções trash para se tornar o responsável por alguns dos maiores sucessos do cinema de super-herói.
Com Superman chegando aos cinemas no dia 11 de julho, Gunn estreia oficialmente como o cérebro por trás do novo universo da DC, e promete renovar o personagem mais icônico dos quadrinhos com uma abordagem mais otimista, menos sombria e muito mais… “gunniana”. Mas como ele chegou até aqui?
Antes de dominar o mundo geek, James Gunn fez seu nome em lugares bem menos brilhantes. Ele começou sua carreira na produtora independente Troma, famosa por filmes tão grotescos quanto criativos. Foi lá que co-escreveu e co-dirigiu Tromeo and Juliet (1996), uma versão trash de Shakespeare que já mostrava seu talento para misturar humor, violência e coração.
Gunn também escreveu o roteiro de Scooby-Doo (2002) — sim, aquele live-action cheio de piadas esquisitas — e se destacou com Dawn of the Dead (2004), remake que liderou as bilheterias e pavimentou sua entrada em Hollywood.
Seu primeiro trabalho como diretor, Slither (2006), foi um show de nojeira e criatividade. A história de uma infestação alienígena em uma cidadezinha americana virou cult e colocou Gunn no radar dos fãs de horror. O filme é cheio de humor ácido, criaturas gosmentas e personagens carismáticos — ingredientes que mais tarde ele levaria para o universo dos heróis.
O salto para o mainstream veio com um desafio: transformar personagens B da Marvel em protagonistas de um blockbuster. E foi exatamente isso que Gunn fez com Guardiões da Galáxia (2014). O filme virou fenômeno graças ao seu ritmo ágil, trilha sonora retrô e um elenco improvável que incluiu um guaxinim com problemas de raiva e uma árvore que só diz “eu sou Groot”.
Ele retornou para mais duas sequências — Vol. 2 (2017) e Vol. 3 (2023) — e provou que sabia equilibrar ação, emoção e piadas como poucos no gênero.
Em 2018, após ser temporariamente demitido da Marvel, Gunn foi recrutado pela DC para salvar Esquadrão Suicida — e ele não decepcionou. Com um novo elenco, mais liberdade criativa e MUITO sangue, The Suicide Squad (2021) foi tudo que o primeiro filme não conseguiu ser: insano, divertido e surpreendentemente comovente. Harley Quinn, Bloodsport e Peacemaker (que depois ganhou série própria) ajudaram Gunn a deixar sua marca no universo da DC.
E agora: Superman (2025)
O filme será o pontapé inicial do chamado “Capítulo 1: Deuses e Monstros”, e é a grande chance de Gunn provar que consegue fazer a DC brilhar como fez com os Guardiões da Galáxia.
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