Stephen King não para. E dessa vez, ele nos entrega talvez sua adaptação mais intensa até agora: O Instituto, que acaba de estrear no Prime Video, já chegou conquistando o público brasileiro com uma mistura de suspense psicológico, ficção científica e crítica social.
Inspirada no livro homônimo lançado em 2019, a trama acompanha um grupo de adolescentes com habilidades paranormais que são sequestrados e levados a um centro secreto onde são submetidos a experimentos cruéis. Sim, você vai lembrar de Stranger Things, mas O Instituto vai além: é mais denso, mais maduro e, sem dúvida, mais perturbador.
Ao invés de apostar apenas em sustos, O Instituto mergulha de cabeça em temas pesados como consentimento, ética científica, privacidade e autonomia juvenil. E isso tudo é contado sob o olhar de jovens presos em uma realidade onde adultos têm o controle — e nem sempre para o bem.
A construção dos personagens é um ponto alto. As relações entre os adolescentes, a resistência silenciosa e os traumas psicológicos causados pelo confinamento tornam a série emocionalmente visceral. É um King mais político, mais crítico, e ainda assim completamente fiel ao suspense que o consagrou.
Para aqueles que gostam de uma narrativa visual bem pensada, prepare-se. A série aposta em uma direção de arte minimalista e sombria, com iluminação baixa, muitos closes e ângulos que aumentam a sensação de claustrofobia e vigilância constante. A trilha sonora também não alivia: são acordes dissonantes, silenciosos e cortantes.
É o tipo de série que você assiste e, ao final de cada episódio, sente vontade de comentar com alguém e não apenas pelo que aconteceu na história, mas pelo que aquilo te fez pensar sobre a realidade.
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