O final da nova temporada de The White Lotus deixou muita gente de boca aberta — e não só pelos conflitos entre os personagens. Uma árvore misteriosa e perigosa roubou a cena nos últimos episódios: o temido pong-pong, também conhecido como “árvore do suicídio”.
Se você achou o nome exagerado, prepare-se: essa planta é real, tem histórico de uso como veneno e já foi ligada a inúmeras mortes ao longo da história. Na série, o personagem Timothy Ratliff (Jason Isaacs) planeja envenenar sua família com sementes extraídas do fruto da árvore. E, embora pareça exagero de roteiro… a ciência confirma: o perigo é legítimo.
Uma planta linda — e letal
O nome científico da árvore é Cerbera odollam, e ela é nativa de regiões tropicais como o Sudeste Asiático, ilhas do Pacífico e partes da Austrália. À primeira vista, parece inofensiva: seus frutos verdes (que ficam avermelhados quando maduros) lembram pequenas mangas ou pêssegos. Mas dentro deles há uma armadilha mortal: uma substância altamente tóxica que afeta diretamente o coração.
De acordo com especialistas do Jardim Botânico Tropical Nacional do Havaí, o veneno se concentra no caroço da fruta — o que faz do pong-pong uma arma silenciosa e, infelizmente, historicamente utilizada para suicídios ou homicídios disfarçados.
Segundo o antropólogo Ty Matejowsk, da Universidade da Flórida Central, o pong-pong já foi tema de estudos sérios por sua letalidade. “O cardiotóxico está concentrado no caroço, como um caroço de pêssego”, explicou ele ao New York Times.
A ficção espelhando a realidade
The White Lotus sempre brincou com os excessos do luxo, a tensão social e os segredos inconfessáveis da elite. Ao incluir o pong-pong em sua trama, a série mergulha ainda mais fundo em temas sombrios — com um toque de realidade que deixou os fãs inquietos (e bastante curiosos).
Na série, o uso da planta não é gratuito: é uma metáfora poderosa para o veneno que escorre nas relações entre os personagens. O uso do pong-pong reforça o clima de ameaça e instabilidade emocional que The White Lotus sabe construir como ninguém.
Se a ideia era chocar… funcionou.
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