Na noite do último domingo, o cinema brasileiro viveu um momento histórico ao conquistar, pela primeira vez, a cobiçada estatueta do Oscar. Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, venceu na categoria de Melhor Filme Internacional, um feito inédito que colocou o Brasil no centro das atenções da indústria cinematográfica mundial.
A surpresa da vitória foi destacada pela imprensa internacional, uma vez que Emilia Pérez, do francês Jacques Audiard, era apontado como o favorito, acumulando 13 indicações contra as três do longa brasileiro. A revista Variety chamou a vitória de “chocante”, e a revista People destacou que Ainda Estou Aqui “superou o favorito e levou para casa o prêmio”.
O filme, é um drama baseado em histórias reais, explora temas de memória, justiça e resiliência, com uma narrativa maravilhosa sobre os resquícios do autoritarismo no Brasil e suas consequências para o presente. Dirigido por Walter Salles, cineasta renomado.
A Hollywood Reporter enfatizou o discurso emocionante de Salles ao receber o prêmio, no qual ele dedicou a vitória às mulheres que inspiraram a história do filme, incluindo Eunice Paiva, cuja vida foi o foco da narrativa, e às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que deram vida às personagens principais.
A repercussão no Brasil foi imediata. A agência de notícias Associated Press relatou que multidões comemoraram nas ruas, especialmente no Sambódromo do Rio de Janeiro, onde os desfiles de Carnaval estavam acontecendo.
Antes mesmo da premiação, Ainda Estou Aqui já havia sido elogiado pela crítica especializada. O Guardian publicou um artigo defendendo que o longa deveria ser premiado na categoria principal do Oscar, destacando a relevância de sua história em um momento de instabilidade política global. O Slate também apontou a produção como “o candidato mais urgente do ano para Melhor Filme”.
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