Os universos de “Duna” e “Star Wars” têm fascinado gerações com seus cenários de planetas desérticos, repletos de histórias épicas e civilizações intrigantes. Mas será que a ciência concorda com essa visão de mundos áridos sustentando a vida? Um estudo recente da NASA sugere que esses ambientes provavelmente seriam inabitáveis.
A Pesquisa da NASA
Segundo o projeto Habitable Worlds Observatory, liderado pela NASA, mesmo planetas localizados na chamada “zona habitável” — a área em torno de uma estrela onde as condições são teoricamente propícias para a existência de água líquida — enfrentam desafios severos. A pesquisa revelou que planetas áridos e secos, como os retratados em ficções científicas, enfrentariam dificuldades extremas para manter água suficiente em sua superfície.
Haskelle Trigue White-Gianella, estudante de doutorado na Universidade de Washington e participante da pesquisa, explicou:
“Há um limite de água necessário para manter um clima estável. Planetas com estoques muito pequenos de água acabam se tornando inabitáveis, mesmo dentro da zona habitável.”
Além de ser essencial para a vida como a conhecemos, a água desempenha um papel crucial na estabilização do clima planetário. Segundo a equipe científica da NASA, a falta de água em um planeta desértico poderia levar a flutuações extremas de temperatura, impedindo o desenvolvimento de formas de vida complexas.
Mundos como Tatooine ou Arrakis, com suas paisagens arenosas e escassez de recursos hídricos, não seriam capazes de sustentar ecossistemas estáveis. Esses ambientes, por mais fascinantes que sejam, são improváveis de existir fora da imaginação criativa dos autores.
A conclusão do estudo pode desapontar fãs de ficção científica. White-Gianella acrescentou:
“Mundos de ficção científica como esses provavelmente não são reais. Peço desculpas aos fãs.”
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